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26/08/2015

Projeto Aquarius impulsiona agricultura de precisão

Com material genético diferenciado, grande potencial produtivo e fertilizando cada vez melhor as suas lavouras, protegendo-as contra doenças e pragas, o Rio Grande do Sul vive o desafio nos próximos anos de apostar mais alto na tecnologia se quiser avançar nesse setor.

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Com material genético diferenciado, grande potencial produtivo e fertilizando cada vez melhor as suas lavouras, protegendo-as contra doenças e pragas, o Rio Grande do Sul vive o desafio nos próximos anos de apostar mais alto na tecnologia se quiser avançar nesse setor. "Temos uma vocação agrícola extraordinária, mas precisamos olhar com atenção para a inovação se quisermos ser mais competitivos", alerta o professor titular da Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm), Telmo Jorge Carneiro Amado.

E ele fala com grande conhecimento de causa, já que é um dos responsáveis pelo Projeto Aquarius, que em 2015 completou 15 anos. A inciativa se propõe a desenvolver o ciclo completo da agricultura de precisão, técnica que envolve o uso de tecnologia da informação para garantir a aplicação de insumos de acordo com as variabilidades de solo, planta e clima. A sede do projeto é a cidade de Não-Me-Toque, que foi denominada a capital nacional da agricultura de precisão por decreto federal.

Atualmente, os pesquisadores trabalham em sete áreas agrícolas na região do Alto Jacuí. No princípio de tudo, quando a fase ainda era de avaliação se a agricultura de precisão era viável de ser implantada no Rio Grande do Sul e no Brasil, os trabalhos foram conduzidos em 15 municípios diferentes. Tudo para poder testar a técnica em uma diversidade de clima, solo e tamanho de propriedade. Os trabalhos nesta época consistiam de amostragem de solo georreferenciada, geração de mapas de colheita e aplicação de insumos à taxa variada. Com a eficiência comprovada, as pesquisas passaram a se concentrar em um número menor de propriedades, mas com uma maior intensificação das ações visando desenvolver o ciclo completo e testar inovações tecnológicas.

O modelo de interação criado é um dos motivos do sucesso do Aquarius. Além da participação dos professores em pesquisas fora dos muros da universidade, foram selecionados agricultores inovadores para serem parceiros, que cedem áreas experimentais para a realização dos estudos.

Os responsáveis pelas áreas participam ativamente das pesquisas. Bem como um grupo de empresas do setor de agronegócios, como Stara, Pioneer, Yara e Cotrijal. Desde que o projeto foi criado, já foram desenvolvidas oito máquinas agrícolas para atender as especificidades da agricultura de precisão. "Antes esse maquinário precisava ser importado, pois não tínhamos tecnologia nacional capaz de dar suporte à agricultura de precisão. Com isso, o custo era proibitivo", relembra Amado, que atua no Departamento de Solos do Centro de Ciências Rurais da UFSM.

Os resultados são animadores. Quando o Aquarius foi criado, a média de produtividade de soja no Estado era 28,3 sacas por hectare. Em 2015, na última safra, chegou a 50. Na última safra, nas áreas que estão sendo trabalhadas pelo projeto, a média de produtividade de soja ficou em 70 sacas por hectares, sendo que um dos produtores chegou a alcançar 104,4 por hectare.

"Além de aumentar a produtividade, a agricultura de precisão ajuda na estabilização temporal da produtividade, inclusive tendo menor perda nos anos com ocorrência de déficit hídrico", explica o pesquisador.


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