“Após atingir o menor valor da série em dezembro, a confiança do comércio parece acomodar em um patamar historicamente baixo neste início de 2016. A tendência para os próximos meses continua incerta, uma vez que o setor vem enfrentando uma demanda enfraquecida pela piora do mercado de trabalho e da situação financeira das famílias, baixos níveis de confiança do consumidor e instabilidade no ambiente político. Como reflexo do cenário negativo para o ano, as perspectivas para o emprego no setor continuaram piorando na sondagem de fevereiro”, afirma Aloisio Campelo Jr., superintendente adjunto para ciclos econômicos da FGV/Ibre.
A pesquisa mostra que o aumento foi puxado pelo índice de expectativas para os próximos meses - a alta foi de 2,1 pontos, para 75,3. Contribui para essa alta o grau de otimismo com as vendas previstas para os próximos três meses, que cresceu 4 pontos, atingindo 76,5 pontos.
Já o índice de situação atual, que retrata a percepção dos empresários em relação ao momento, caiu 0,7 ponto, após subir 3,6 pontos no mês passado. A maior contribuição foi dada pelo quesito que mede o grau de satisfação com o volume atual da demanda, que caiu 0,9 ponto em relação ao mês anterior, alcançando 65 pontos.