Em janeiro, o volume do setor de serviços teve queda de 5% no país em relação ao primeiro mês de 2015, já descontados os efeitos da inflação, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. Foi o décimo resultado negativo consecutivo e o pior desempenho para o mês dentro da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012. Em 12 meses, a baixa acumulada chegou a 3,7%.
Em dezembro do ano passado, o setor de serviços também apresentou recuo de 5%. Já em novembro, a queda atingiu 6,4%.
Desde outubro de 2015, o IBGE divulga índices de volume no âmbito da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS). Antes disso, anunciava apenas os dados da receita bruta nominal, sem tirar a influência dos preços sobre o resultado. Por esse indicador, que continua a ser divulgado, a receita nominal caiu 0,1% em janeiro ante igual mês de 2015.
A série da PMS foi iniciada em janeiro de 2012. Ainda não há dados com ajuste sazonal (que permitem a análise do mês contra o mês imediatamente anterior), porque, segundo o IBGE, a dessazonalização requer a existência de uma série histórica de aproximadamente quatro anos.
Baixas em todos os segmentos
O IBGE também comenta os resultados de janeiro entre as atividades pesquisadas. E o desempenho, conforme o instituto, foi negativo: houve quedas em todos os segmentos na comparação com janeiro de 2015.
Os serviços prestados às famílias recuaram 4,1%, enquanto os serviços de informação e comunicação tiveram redução de 2,1%. Os serviços profissionais, administrativos e complementares despencaram 9,1%.
Já os transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio encolheram 5,8%. A categoria outros serviços — que inclui, por exemplo, atividades imobiliárias, manutenção e reparação e esgoto e coleta de lixo — teve perda de 7,9%.
O agregado especial das atividades turísticas teve aumento de 0,5% em janeiro, após ter recuado 1,6% em dezembro e 1,9% em novembro.