A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou março com alta de 0,43%, ante variação de 0,90% em fevereiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira. O índice é o menor para o terceiro mês do ano desde 2012.
Os dados do IPCA são utilizados pelo Banco Central para balizar o plano de metas estabelecido pelo governo para a inflação oficial do país.
Com o resultado de março, a taxa acumulada em 12 meses ficou em 9,39%. O índice ainda está muito acima do teto da meta estipulada pelo governo, de 6,5%. No ano, o IPCA acumula alta de 2,62%.
Apesar do freio no ritmo de aumento da inflação no terceiro mês do ano, os alimentos ficaram ainda mais caros. O grupo Alimentação e Bebidas acelerou de de 1,06% em fevereiro para 1,24% em março.
Com peso de 25,52% sobre o orçamento das famílias, o grupo teve o maior impacto positivo sobre a taxa de 0,43% do IPCA do mês, o equivalente a 0,32 ponto porcentual ou 74% de toda a inflação de março. Os alimentos comprados para serem consumidos em casa aumentaram 1,61%, enquanto a alimentação fora de casa subiu 0,55% em março.
— Alimentação dominou o resultado. Mais de 70% da inflação ficou com os alimentos — ressaltou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.
As frutas subiram 8,91% em março, o item de maior contribuição positiva para a inflação, de 0,10 ponto porcentual. Também registraram aumentos expressivos a cenoura (14,52%), o açaí (13,64%), o alho (5,70%), o leite (4,57%) e o feijão-carioca (4,10%), entre outros. Na direção oposta, o tomate se destacou por ter ficado 7,43% mais barato.