Após meses de negociação, o novo prazo de vencimento das dívidas de crédito rural de arrozeiros deverá ser autorizado nesta semana pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Pelo acordo costurado com os ministérios da Agricultura e da Fazenda, os produtores prejudicados por problemas climáticos na última safra terão cinco anos para pagar as parcelas de custeio e um ano a mais para quitar as de investimento – com juro de 8,75% ao ano.
– A medida é fundamental para dar ao produtor condições de manter a mesma área cultivada na próxima safra, garantindo o abastecimento de arroz no Brasil – destaca Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).
Após a confirmação da prorrogação, os produtores deverão procurar os bancos para indicar se vão ou não aderir à negociação.
– A medida não será generalizada, e somente aqueles que realmente tiveram problemas poderão aderir – explica Dornelles.
Apesar de parte das parcelas já terem vencido em maio e junho, mais de 90% dos contratos começam a vencer em julho – em operações efetuadas no Banco do Brasil. No total, a prorrogação envolve R$ 600 milhões em crédito de custeio e investimento.