Anay Cury e Cristiane CaoliDo G1, em São Paulo e no Rio
Em maio, o volume do setor de serviços do país recuou 6,1% frente ao mesmo período do ano anterior - a maior queda da série histórica, iniciada em 2012, para o mês. Já na comparação com abril, a baixa foi menor, de 0,1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta quarta-feira (13). No ano, o setor acumula queda de 5,1% e, em 12 meses, de 4,8%.
Na comparação anual, o que mais influenciou a taxa geral do setor de serviços foram os transportes, que mostraram queda de 9,1%, puxada, principalmente, pelos desempenhos do transporte aéreo (-15,1%) e do terrestre (-10,5%). Sobre abril, o avanço foi de 0,5%.
Também pesou o comportamento de serviços profissionais, administrativos e complementares. Sobre 2015, a retração foi de 7,8% e na comparação de maio contra abril deste ano, houve alta de 0,7% em maio.
Os serviços prestados às famílias recuaram 7% e frente a abril, houve estabilidade. Também foi registrada forte queda nas atividades turísticas, de 8,9%, que também são analisadas pela pesquisa. Na comparação com abril de 2016, houve crescimento de 0,4%.
Segundo Roberto Saldanha, analista de serviços e comércio do IBGE, no mês, a "ligeira retração [de -0,1], praticamente acompanhou o crescimento do setor industrial, que também ficou estável em relação a abril. Isso mostra como o setor de serviços depende do desempenho do setor industrial".
Na análise regional, frente a abril, o setor de serviços registrou os piores resultados na Paraíba (-2,5%), no Distrito federal (-2,2%) e em Mato Grosso (-1,9%). Por outro lado, o segmento cresceu no Acre (3,9%), no Pará (2,1%) e no Ceará (1,5%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, o setor de serviços cresceu no Ceará (1,5%) e no Tocantins (0,8%). Na contramão, recuou no Amapá (-17,1%), na Bahia (-12,7%) e na Paraíba (-12,6%).