Em no máximo duas décadas, haverá uma hegemonia no mundo da lógica do padrão aberto, e é a Internet das Coisas (IoT) que vai fazer com que essa profecia seja cumprida. A aposta é do coordenador da Associação Software Livre e organizador do Fisl 7, Sady Jacques. Tema principal dos debates do evento, que acontece nesta semana em Porto Alegre, a IoT é apenas um dos pilares da transformação digital que as empresas estão vivendo. Cloud, mobilidade e Big Data também estão no centro dessa revolução da hiperconectividade, que exige diálogo total entre linguagens, ferramentas e appliances. "Não há player de mercado com capacidade de desenvolver tecnologias e integrá-las de forma plena sem usar um padrão aberto e software livre. Essa será a base da revolução tecnológica que vamos viver na próxima década", acrescenta. O risco de se viver em um mundo cada vez mais conectado é, justamente, a dependência do acesso à conectividade, que hoje é realidade de apenas 10% a 15% da população global. Isso vai aumentar o abismo de exclusão digital que existe na sociedade e menos que, aponta Jacques, o software livre seja ativado. "O custo para disponibilizar conectividade para as pessoas e empresas é altíssimo, mas pode ser sensivelmente reduzido a partir da adoção massiva do software livre", defende.