O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou em julho a primeira taxa de crescimento anual desde 2013. O indicador cresceu 2,4% na comparação com o mesmo período de 2015 e atingiu 87 pontos. A última alta do indicador havia ocorrido em julho de 2013 (0,6%), de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), responsável pela pesquisa.
Esse também é o maior índice dos últimos 15 meses. A alta foi puxada exclusivamente pela expectativa do empresário em relação ao futuro, que cresceu 10,1% na comparação com julho de 2015. As avaliações sobre o momento presente continuam em queda (-5,8%), assim como as intenções de investimentos (-4,7%).
Na comparação com junho deste ano, a alta foi de 10,7%, puxada pelos três principais componentes: avaliação sobre as condições atuais (6,1%), expectativas sobre o futuro (12,1%) e intenções de investimento (4,2%).
Apesar das altas, o índice, que é medido em uma escala de 0 a 200, ainda está em um patamar abaixo do nível de indiferença do empresário, que é de 100 pontos. Isso, segundo a CNC, é reflexo da redução contínua da atividade do comércio e da renda dos consumidores, marcada pela deterioração das condições do mercado de trabalho e do crédito.
Com 81,5 pontos, o índice que mede as condições de investimento ficou 4,2% acima do resultado de junho, influenciado pelo aumento na intenção de contratação de funcionários (9,3%) e na intenção de investimento na própria empresa (3,1%). Já no que diz respeito aos estoques, houve uma ligeira queda, de 0,4%, o que indica que a rotatividade dos produtos diminuiu. Para 31,9% dos comerciantes, os estoques estão acima do adequado.
Na comparação anual, o índice teve uma retração de 4,7%. Em relação a julho de 2015, o único item que apresentou alta foi relativo à contratação de funcionários, que subiu 6,4%, na primeira variação anual positiva desde janeiro de 2014. Para 74,2% dos empresários, as intenções de investimento nas empresas são menores.
A CNC estima que o volume das vendas do comércio de 2016 tenha uma queda de 5,6% no conceito restrito e de 10,6% no ampliado, que inclui materiais de construção e os setores de automóveis