A nova febre mundial, o Pokémon Go, que deve começar a funcionar no Brasil, pode ser usada como forma de atrair pessoas aos pequenos negócios. Assim como aconteceu no surgimento das redes sociais, a exemplo do Facebook e Twitter, o empreendedor que se adiantar terá retorno financeiro com o jogo - criado pela Nintendo e pela Niantic, empresa especializada em realidade aumentada.
A sugestão é do administrador de empresas com ênfase em gameficação de negócios pela Universidade de Poitiers, da França, Luciano Francisco Silveira, 37 anos, e do entusiasta em games e pós-graduado em Comércio Exterior, Fábio Martins, 36, ambos de Porto Alegre. A dupla está acompanhando de perto a chegada da novidade ao Brasil, e quer auxiliar empresários a explorar o Pokémon Go.
O fato de no Brasil o uso dos aparelhos celulares ser mais limitado nas ruas, por conta da segurança, pode ser uma oportunidade de atrair os bichinhos para dentro das lojas, por exemplo. “Tem uma modalidade que se chama ‘lure module’, onde o usuário compra e atrai Pokémons para os estabelecimentos”, explica Martins, que é colecionador dos personagens desde que eles foram criados, em 1996. O investimento na compra fica em torno de U$ 1 por dia para meia hora de atração.
Além de levar os bichos para o estabelecimento, o empreendedor, segundo Silveira, precisa usar as redes sociais para divulgar a presença deles. “É um marketing de guerrilha. Se o estabelecimento colocar em sua rede social que determinado Pokémon foi encontrado em seu endereço, isso se multiplica.
Quando vê, as pessoas vão lá atrás daquele bicho”, detalha.
A dupla alerta para que os funcionários não cacem todos os Pokémons, deixando que a clientela o faça. No mundo, em menos de uma semana, o aplicativo já foi baixado por mais de 65 milhões de usuários, ultrapassando o Twitter e o WhatsApp, quando comparado com seus primeiros dias no mercado.