O Rio Grande do Sul não avança na qualidade de vida devido à falta de segurança, aponta o Índice de Desenvolvimento Estadual – Rio Grande do Sul (iRS). O indicador mostra que o Estado permaneceu em quarto lugar no ranking nacional em 2014, mas piorou no quesito longevidade e segurança, que mede a expectativa de vida e o grau de violência ao qual as pessoas estão expostas.
Desenvolvido em parceria por Zero Hora e Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS, com apoio institucional da Celulose Riograndense, o indicador pondera o desempenho de Estados e do Distrito Federal em três dimensões: padrão de vida, educação e, reunidos, longevidade e segurança. O índice tem o mesmo referencial teórico do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – lançado em 1990 como complemento a levantamentos que avaliam apenas a dimensão econômica do desenvolvimento.
– Os índices de desenvolvimento servem para sinalizar o que vai bem e o que vai mal. No caso do iRS de 2014, o ponto negativo foi a violência, que aumentou. Dados de educação e padrão de vida mantiveram certa estabilidade. O índice cumpre seu papel ao promover o debate sobre essas dimensões – afirma o economista Ely José de Mattos, professor da PUCRS e coordenador do iRS.
Foi o avanço expressivo de 17,1% no número de homicídios de gaúchos entre um ano e outro o principal entrave a um melhor desempenho. O aumento de assassinatos, muito maior do que o observado na média brasileira (5,1%) ou em Estados como São Paulo (1,2%) e Distrito Federal (0,7%) no mesmo período, impediu o Rio Grande do Sul de avançar na classificação.
A taxa de homicídios atingiu 24,2 por 100 mil habitantes, quase o dobro de Santa Catarina (12,8), apesar de a violência também ter aumentado no Estado vizinho.
O recuo da nota final do Rio Grande do Sul só não foi maior porque o Estado conseguiu reduzir, muito ligeiramente, o número de mortes violentas no trânsito em 2014, de 19 para 18,8 por 100 mil habitantes. No mesmo período, a taxa saltou de 25,9 para 28 em Santa Catarina, e a média brasileira cresceu de 21,6 para 22,1.
A melhora mais visível no Rio Grande do Sul ocorreu na variável padrão de vida, que mede o bem-estar relacionado ao conforto das pessoas. O Estado subiu de 0,636 para 0,647 e manteve o quinto lugar entre as unidades da federação. No que se refere à educação, houve poucas alterações no índice. A maioria dos Estados manteve a posição. Entre os mais bem colocados, Distrito Federal caiu do quarto para o quinto lugar, perdendo a posição para Minas Gerais. O RS se manteve em sétimo.
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