As pessoas querem assumir um papel mais ativo com relação à sua própria saúde e poder interagir com os seus médicos de formas mais modernas e pessoais. Nesse cenário, as novas tecnologias, como dispositivos portáteis e a telemedicina, serão cada vez mais estratégicas nesse processo, aponta o estudo Pacientes Conectados de 2016 (Connected Patient Report).
O levantamento, realizado pela Salesforce, player global em plataformas de gerenciamento de relacionamento de clientes (CRM), entrevistou 2.025 adultos, dos quais 1.736 possuem planos de saúde, para compreender de que maneira eles se comunicam com seus prestadores de serviços. Evidenciou, por exemplo, que cerca de 62% dos adultos estão abertos a um atendimento virtual e 78% dos que possuem um wearable gostariam que seus médicos acessassem os dados disponibilizados por seu dispositivo.
Dos pacientes com plano de saúde entrevistados, 90% estão satisfeitos com seus médicos, mas ainda usam canais tradicionais para se comunicar, como marcar consultas pessoalmente (23%) ou pelo telefone (76%). Para o diretor médico e gerente-geral da Salesforce Healthcare and Life Sciences, Joshua Newman, os prestadores de serviços de assistência médica que constroem relacionamentos mais profundos com as pessoas, seja com atendimento móvel, uso de wearables ou uma melhor comunicação pós-alta, estão em vantagem. "Os pacientes escolhem seus prestadores de serviços também com base em como eles usam a tecnologia para se comunicar e gerir sua saúde", acredita.
Existe um interesse cada vez maior das pessoas de experimentar tratamentos virtuais de saúde, como, por exemplo, videoconferência para assuntos não urgentes como alternativa a consultas médicas presenciais. Dos pacientes com idade entre 18 e 34 anos, 70% escolheriam um médico que oferecesse um aplicativo móvel, como um que permita aos pacientes marcarem consultas, consultarem e visualizarem seus dados de saúde em vez de um que não ofereça.
O estudo Pacientes Conectados de 2016 mostrou ainda que cerca de 78% dos pacientes com plano de saúde e wearables querem que seus médicos acessem os dados de seus dispositivos para que possam ter visibilidade de seu estado de saúde (44%), utilizem as tendências dos dados de saúde para diagnosticar doenças antes que se tornem graves ou terminais (39%), e proporcionem um atendimento mais personalizado (33%).