No segundo trimestre (leia-se de abril a junho), as linhas de montagem da Marcopolo em Caxias produziram mais ônibus para clientes estrangeiros do que nacionais. Isso mesmo.
Tanto que, no período, a receita das exportações aumentou 78,4%.Vamos aos números: dos R$ 619,7 milhões de receita líquida no segundo trimestre, 40% vêm das exportações, 31% do mercado brasileiro e 29% das empresas controladas no Exterior.
Ou seja, somando os veículos exportados a partir do Brasil e os fabricados nas unidades lá fora, chega-se à conclusão de que 69% dos resultados são oriundos de produtos para rodar em estradas externas.
No primeiro semestre, a fabricante produziu 2.757 ônibus para o Brasil, contra 4.966 em igual período de 2015. Se a Marcopolo não tivesse desbravado o mundo, e dependesse maciçamente do Brasil, o impacto negativo por conta da crise doméstica seria de proporções inimagináveis.