O Brasil contribuiu para um forte aumento nos novos negócios de exportação de trigo dos Estados Unidos na última semana, mostraram nesta sexta-feira (9) dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que compila vendas e embarques de commodities agrícolas.
O país tem elevado suas compras nos EUA neste momento do ano em que os grãos da nova colheita ainda não estão disponíveis no mercado e após perdas de qualidade na safra de 2015. Além disso, os moinhos brasileiros estão tirando proveito dos preços em Chicago, que oscilam perto de mínimas em uma década, registradas no início do mês.
Empresas dos Estados Unidos fecharam vendas líquidas de 661,1 mil toneladas de trigo na semana encerrada em 1 de setembro, alta de 136% ante a semana anterior, segundo o USDA.
Deste volume, o Brasil foi o segundo maior comprador, com negócios de 152,9 mil toneladas, incluindo 85,6 mil toneladas que haviam sido anunciadas anteriormente como para destino não revelado.
O volume de vendas é o suficiente para lotar cinco navios do porte que habitualmente carrega trigo para o Brasil.
Na semana encerrada em 25 de agosto, o Brasil havia sido o principal comprador nos Estados Unidos, tendo fechado a aquisição de 186,5 mil toneladas de trigo.
A escala de navios previstos para atracar em portos brasileiros já mostrava no início do mês um forte movimento de importações em setembro. O volume previsto para chegar no país, proveniente dos EUA, estava em 157 mil toneladas, ante apenas 11 mil da previsão para setembro do ano passado.
Os EUA normalmente complementam o abastecimento de trigo do Brasil, que geralmente importa a maior parte do produto da Argentina, que está na entressafra. A colheita brasileira está em fase inicial.