A combinação de temperaturas baixas e alta umidade durante o inverno favoreceu o surgimento de uma bacteriose quase esquecida pelos produtores de trigo. A doença, que não tinha afetado as lavouras gaúchas nos últimos anos, atingiu principalmente a região Noroeste – onde a cultura estava em fase de espigamento no período de temperaturas baixas.
Visualmente, a presença da bacteriose é observada no branqueamento nas folhas do trigo. Depois que aparecem os sintomas, porém, não há muito o que fazer, segundo o fitopatologista da Biotrigo Genética, Paulo Kuhnem.
– Não existem bactericidas para fazer o controle após infecção. E não é recomendável o uso de fungicida, o que pode agravar o problema – explica. Apesar da preocupação dos produtores, desacostumados com a presença da doença, o fitopatologista esclarece que com a sequência de dias secos e ensolarados os sintomas tendem a não evoluir.
Sobre possíveis perdas de produtividade, Kuhnem afirma que é difícil mensurar, mas que normalmente não passam de 10% de comprometimento.